Suspeito de enviar bombas é republicano fanático com longa ficha criminal

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Preso nesta sexta-feira como suspeito do envio de 12 pacotes-bomba para proeminentes figuras do Partido Democrata, Cesar Sayoc Jr., de 56 anos, é filiado ao Partido Republicano, se identifica como “gerente” e tem uma longa ficha policial. Inclusive uma ameaça de explosão de bomba, em 2002.

Sayoc, de 56 anos, foi preso pelo FBI nesta sexta-feira na cidade de Aventura, na Florida, onde residia, ao final de um esforço concentrado das forças de segurança nesse estado. A maioria dos pacotes tinha como remetente a deputada federal Debbie Schultz, com o endereço de seu gabinete na Florida.

O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Jeff Sessions, informou que Sayoc está sujeito a condenação de 58 anos de prisão pelos crimes de atacar atuais e ex-funcionários públicos federais e ex-presidentes do país, por enviar explosivos pelo correio, por transportá-los para outros Estados e de impor ameaças ao comércio inter-estadual.

“Isto será uma lição para qualquer um, independentemente de sua crença política, de que nós vamos usar a total força da lei contra quem tente valer-se de ameaças, intimidação e de completa violência para alimentar sua agenda (política)”, afirmou Sessions.

O histórico policial de Sayoc começou em 1991. Desde então, há registros de 10 prisões por furtos, roubos, porte de drogas. O “gerente” está descrito no Departamento Judiciário da Flórida como natural de Nova York, olhos castanhos, cabelo negro, com cicatriz no braço esquerdo, peso de 97,5 quilos, altura de 1,80 metro.

Em 2002, segundo registro policial ao qual o Washington Post teve acesso, Sayoc telefonou para a companhia de eletricidade Florida Power and Light para ameaçar com uma explosão e a integridade física do representante da empresa. Ele teria acrescentado que ‘”seria pior do que o 11 de setembro”, segundo o registro.

De sua casa, em Aventura, uma van branca foi removida para inspeção pericial. Dentro dela, policiais encontraram panfletos em favor do presidente americano, Donald Trump, e fotos de figuras relevantes do Partido democrata, como a senadora Elizabeth Warren, com uma mira sobre seus rostos, segundo o jornal SunSentinel.

No Twitter, Sayoc mantém uma conta com o nome de Cesar Altieri e se descreve como um “agente de vendas e de marketing, promoções, gerente de eventos ao vivo no Hard Rock de Seminole” e também como “ex-jogador de futebol profissional, lutador e lutador de MMA. O Hard Rock Internacional disse não ter nenhum empregado registrado como Sayoc ou com os seus nomes fictícios.

Nesse perfil, Sayoc mostrou ser um apoiador fascinado por Trump, com publicação de suas fotos em comícios do atual presidente dos Estados Unidos e em outras, usando um boné com o lema do governo “Vamos fazer a América grande de novo”.

Sayoc também postou nas redes sociais memes de ataque a alguns de seus alvos, como o ex-presidente americano Barack Obama e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton,candidata democrata à Casa Branca nas eleições de 2016. Segundo o jornal The Guardian, seus textos nas redes sociais também traziam teorias conspiradoras sobre Obama e Clinton, que tiveram pacotes-bomba interceptados pelo FBI antes de chegarem a suas residências.

Também se mostrava indignado com o apoio do financista George Soros, outro de seus alvos, a políticos do Partido Democrata. Nos últimos dias, criticou duramente o prefeito de Tallahasse, Andrew Gillun, candidato democrata ao governo da Florida. Até o momento, Gillun não recebeu nenhum dos pacotes-bomba de Sayoc.

Ele mantinha vários perfis nas principais redes sociais, porém com nomes fictícios.

pic.twitter.com/FddoMRynwL

— Cesar Altieri (@hardrock2016) October 24, 2018

Em 2012, quando morava com sua mãe, Sayoc declarou-se falido, segundo um arquivo do tribunal local. Seu advogado por muitos anos, Daniel Aaronson, afirmou que ambos jamais haviam discutido política e que, se isso tivesse acontecido, teriam entrado em atrito. Aaronson é democrata.

Entre seus clientes, Aaronson dise jamais ter encontrado alguém “tão polido, gentil e respeitoso”.

Lava Jato em SP entra na investigação sobre fortuna do vice da Guiné Equatorial

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O procurador-chefe do Ministério Público Federal de São Paulo, Thiago Lacerda Nobre, destacou a força-tarefa da Lava Jato para a Operação Salvo Conduto, que mira Teodoro Nguema Obiang, vice-presidente da Guiné Equatorial, pelo suposto crime de lavagem de dinheiro cometido no Brasil.

No dia 14 de setembro, a comitiva de Obiang foi abordada pela Receita Federal e pela Polícia Federal no aeroporto de Viracopos, em Campinas. Foram apreendidos, US$ 16 milhões em dinheiro e relógios de luxo.

Em 10 de outubro, foi deflagrada em São Paulo a Salvo Conduto, desdobramento das investigações. Os federais fizeram buscas em um monumental triplex de mil metros quadrados, avaliado em R$ 70 milhões, que pertence a Teodorin, supostamente por meio de um 'laranja'. O imóvel fica na Rua Hadock Lobo, nos Jardins, na capital paulista.

O caso estava sob investigação conduzida pela procuradora da República Ana Cristina Bandeira Lins, que atua perante a 6.ª Vara Federal de São Paulo. Agora, outros nove procuradores da força-tarefa da Lava Jato, criada para investigações com base na delação da Odebrecht, em julho deste ano, vão também investigar a fortuna do vice da Guiné.

Por meio de portaria, datada de quarta, 24, o chefe do Ministério Público Federal em São Paulo, mobilizou a força-tarefa da Lava Jato - são os procuradores Thiago Lacerda Nobre, José Roberto Pimenta Oliveira, Anamara Osório Silva, Thaméa Danelon Valiengo, André Lopes Lasmar, Bruno Costa Magalhães, Guilherme Rocha Gopfert, Luiz Mauro Caroni Fleury Curado, Luís Eduardo Marrocos de Araújo, Marco Antônio Ganaghe Barbosa.

Investigações. O primeiro inquérito policial sobre Obiang foi instaurado em março de 2018, depois do envio de informações do Ministério Público Federal, no mês anterior, para que a PF iniciasse investigação para apurar o crime de lavagem de dinheiro em razão dos indícios de ocultação de propriedade relacionada à compra, em 2008, de um apartamento duplex localizado no bairro dos Jardins, em São Paulo. O imóvel foi adquirido, na época, por R$ 15 milhões. As investigações apontam que o imóvel, adquirido por uma empresa com capital social de R$ 10 mil, pertenceria ao investigado.

O segundo inquérito policial foi instaurado no dia 20 de setembro deste ano, após a apreensão realizada em 14 de setembro pela Receita Federal. Os bens foram trazidos do exterior sem a declaração de bens e valores obrigatória.

São apurados dois atos de lavagem de dinheiro, o primeiro relativo à aquisição, por meio de interposta pessoa, de um apartamento de luxo e o segundo relacionado à ocultação de movimentação de bens e valores ao entrar Brasil.

A PF solicitou à Justiça Federal o sequestro do imóvel, dos bens e valores apreendidos no Aeroporto de Viracopos e de sete veículos de luxo - um deles avaliado em R$ 2 milhões.

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